A menos de uma semana do fim do prazo, mais de 30 milhões de brasileiros já entregaram suas declarações do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). Contudo, 13 milhões ainda precisam regularizar suas contas com a Receita Federal. Até as 16h45 de quinta-feira (23), foram recebidas 30.304.862 declarações, representando 70,5% das 43 milhões previstas para este ano.
O período para a entrega das declarações de IR começou em 15 de março e se encerra às 23h59 de 31 de maio. Segundo a Receita Federal, a extensão do prazo visa garantir o acesso à declaração pré-preenchida, disponível duas semanas após o envio dos informes de rendimentos por empregadores, planos de saúde e instituições financeiras.
Conforme a Receita, 66,7% das declarações têm direito à restituição, 18,4% terão imposto a pagar e 14,9% não possuem valores a receber ou pagar. A maioria das declarações foi preenchida pelo programa de computador (81,4%), enquanto 10,7% foram feitas online e 7,8% pelo aplicativo Meu Imposto de Renda.
Até agora, 40,1% dos contribuintes usaram a declaração pré-preenchida, permitindo confirmar ou corrigir os dados. A opção simplificada foi escolhida por 57,2% dos contribuintes.
Quem enviou a declaração mais cedo e está nas listas de prioridade deve receber o primeiro lote de restituição em 31 de maio, totalizando R$ 9,5 bilhões para 5.562.065 contribuintes. A consulta já está disponível desde quinta-feira.
Desde 2019, o prazo de entrega das declarações foi alterado para ocorrer entre março e maio devido à pandemia de covid-19. Em 2023, a entrega começou em 15 de março, dando mais tempo para os contribuintes se prepararem.
A antecipação do download do programa gerador da declaração para a terça-feira passada também contribuiu para o recorde de envios. A Receita espera receber 43 milhões de declarações este ano, superando o recorde anterior de 41.151.515. Quem atrasar a entrega pagará multa de R$ 165,74 ou 20% do imposto devido.
Entre as novidades, o limite de rendimentos que obriga a declaração aumentou de R$ 28.559,70 para R$ 30.639,90. Em 2023, a faixa de isenção foi elevada para R$ 2.640. A Lei 14.663/2023 também ajustou os limites de rendimentos isentos e de patrimônio mínimo para a declaração.