O Brasil alcança uma marca significativa na redução da mortalidade infantil, com uma diminuição de 51,5% no número de óbitos de crianças com até 5 anos de idade entre 2000 e 2022, conforme revelado pelo Observatório da Atenção Primária à Saúde, uma plataforma mantida pela associação Umane, com base nos dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde.
Em 2000, o registro de óbitos de crianças até os 5 anos era de 79.473, em meio a 3.053.553 nascidos vivos. Já em 2022, esse número caiu para 38.540 óbitos, entre 2.561.922 nascidos vivos. Além disso, a taxa de mortalidade por mil nascidos vivos também apresentou uma redução notável, passando de 26 em 2000 para 15 em 2022.
Apesar dessas conquistas, é importante notar que taxas inferiores foram observadas em anos anteriores. Segundo dados do Observatório da Atenção Primária à Saúde, a taxa em 2020 foi de 13,2 por mil nascidos vivos, enquanto em 2021 subiu para 13,8.
Recentes divulgações do Ministério da Saúde, datadas da última sexta-feira (22), apontam para uma tendência de queda na mortalidade infantil, alcançando a menor taxa em 28 anos para óbitos infantis e fetais – até 1 ano de idade – por causas evitáveis.
De acordo com dados preliminares do Painel de Monitoramento da Mortalidade Infantil e Fetal, em 2023, o Brasil registrou 20,2 mil mortes, marcando o menor número desde 1996. Esse valor representa uma queda de 62% em comparação com o início do monitoramento, quando o total de mortes foi de 53,1 mil.
O Ministério da Saúde destaca que a queda mais acentuada nesse índice ocorreu nos anos de 2006 e 2007, com registros de 34 mil e 31,9 mil mortes infantis e fetais, respectivamente.
É importante ressaltar que as mortes evitáveis são aquelas que poderiam ser prevenidas por meio de ações de imunização, cuidados adequados durante a gestação e o parto, e atenção correta ao recém-nascido, além de diagnósticos precisos, conforme explicado pelo Ministério da Saúde.