Leilão na B3 concede empreendimentos de transmissão de energia em 14 estados brasileiros
Na tarde desta quinta-feira (28), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizou um leilão histórico na Bolsa de Valores brasileira, B3, em São Paulo, para determinar as empresas encarregadas da construção e manutenção de 6,4 mil quilômetros de linhas de transmissão em 14 estados do país. Um investimento massivo de R$ 18,2 bilhões está previsto para 69 empreendimentos, estimando a geração de 34,9 mil empregos diretos.
Os estados contemplados por este leilão abrangem Alagoas, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. A Aneel destacou que seis dos 15 lotes propostos possuem investimentos superiores a R$ 1 bilhão.
O deságio médio alcançado neste leilão foi de 40,78%, representando uma economia significativa para o consumidor, estimada em R$ 30,1 bilhões, segundo a agência. Os prazos para a operação comercial dos empreendimentos variam de 36 a 72 meses, com concessões válidas por 30 anos a partir da celebração dos contratos.
O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, expressou sua satisfação com os resultados do leilão, enfatizando o papel crucial do setor energético no desenvolvimento econômico e social, além de fortalecer a segurança energética do país e criar oportunidades para a população.
Thiago Barral, Secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do MME, explicou que os empreendimentos contratados neste leilão se somam aos anteriores e futuros, visando atender ao crescimento da demanda brasileira com eficiência e menor custo, aproveitando a competitividade das energias renováveis.
Sandoval Feitosa, Diretor-Geral da Aneel, ressaltou que todos os vencedores do leilão têm um histórico comprovado de excelência na prestação de serviços, e a Aneel estará atenta para garantir que as obras sejam entregues dentro dos prazos estipulados, destacando a importância do cumprimento dos contratos diante da crescente produção de energia no país.
Os lotes concedidos à iniciativa privada abrangem uma extensa área geográfica. A Eletronorte arrematou os lotes 1, 3, 5 e 9, enquanto a FIP Development Fund Warehouse ficou com os lotes 4, 6 e 14. A EDP Energias do Brasil arrematou os lotes 2, 7 e 13, cada um com objetivos específicos para a expansão e integração do sistema de transmissão em diversas regiões do país.