Nesta sexta-feira (16), o presidente Lula (PT) deu uma declaração polêmica durante uma entrevista à rádio Gaúcha, em Porto Alegre, ao comentar a situação política na Venezuela. Embora tenha descrito o regime de Nicolás Maduro como “desagradável” e com um “viés autoritário,” Lula afirmou que não acredita que o país possa ser classificado como uma ditadura.
O presidente argumentou que, apesar de reconhecer características autoritárias no governo venezuelano, ele não se encaixa na definição tradicional de ditadura. Lula sugeriu que existem diferenças significativas entre o regime de Maduro e outras ditaduras ao longo da história, levando-o a concluir que a Venezuela não deveria ser classificada dessa forma.
A declaração do presidente brasileiro já está gerando reações tanto no cenário político interno quanto internacional. Especialistas em relações exteriores sugerem que essa visão de Lula pode influenciar o debate sobre a política externa do Brasil, especialmente no que diz respeito à postura do país em relação a regimes considerados autoritários. Além disso, a fala pode ter implicações na maneira como o Brasil é percebido por outros países e organismos internacionais, potencialmente afetando alianças e parcerias diplomáticas.
Essa não é a primeira vez que Lula faz declarações controversas sobre a situação política na Venezuela, mas sua posição continua a ser um ponto de tensão, especialmente entre aqueles que defendem uma postura mais crítica em relação ao governo Maduro. A declaração de hoje pode servir como um teste para a política externa brasileira e para a forma como o Brasil pretende se posicionar no cenário global.